10. Como ler Freud e Skinner
- Ernani Fazzi
- 31 de dez. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 18 de abr. de 2024

No décimo primeiro capítulo das “Conferências introdutórias sobre psicanálise”, Freud aconselhou a plateia a não procurar compreender demais as coisas que ele falaria. E talvez essa recomendação de parcimônia na atenção se adeque ao estudo de qualquer referencial teórico porque nem tudo que é dito por um autor possui um sentido que mereça ser aprofundado. Há detalhes que são meramente acessórios e por isso devem permanecer em segundo plano. Quando o objetivo da leitura é extrair o essencial, torna-se desnecessário perseguir exatidão e até mesmo coerência de algumas ideias. Acompanhar o desenvolvimento do pensamento de pessoas como Freud e Skinner é uma oportunidade para aprender que elas próprias não levaram tão a sério cada pormenor que escreveram.
→ Na prática da psicoterapia, o trabalho de análise funciona como uma releitura das interações do paciente com seu mundo e sua história de vida. E nessa releitura clínica também é importante tomar cuidado para não ficar perdido em conteúdos supérfluos. Nem tudo que um paciente diz oculta um sentido que precisa ser revelado.
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S: O que você recomenda a seus leitores?
F: Que evitem excessos de entendimento!
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