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Monismo e dualismo mente-corpo em Freud

  • Foto do escritor: Ernani Fazzi
    Ernani Fazzi
  • 1 de jan. de 2021
  • 1 min de leitura

Freud rompeu com uma tradição dualista que concebia o corpo como pertencente a uma dimensão material e a mente como pertencente a uma dimensão imaterial (sobrenatural). Esse rompimento aconteceu porque ele retirou da mente supostos atributos sobrenaturais, examinando-a como um conjunto de fenômenos do mundo material. Mas apesar dessa ruptura com um tipo de dualismo, Freud preservou um outro tipo. De uma perspectiva ontológica, que é a que trata da essência humana, Freud era monista, pois não acreditava em nenhuma realidade que estivesse fora do universo material, ao passo que de uma perspectiva didático-conceitual ele era dualista, já que falava em mente e corpo. Enquanto médico cuja formação recebeu ênfase em neurologia, Freud utilizou um dualismo conceitual mente-corpo para ressaltar que a mente não se resume ao funcionamento do sistema nervoso e também para ensinar que a mente não equivale à consciência. No ensaio “Sobre os sonhos” existe uma breve passagem que indica a presença tanto de um monismo (ontológico) quanto de um dualismo (conceitual) em Freud. É no momento em que ele afirma que hoje apenas uma pequena parcela de indivíduos cultos duvida de que os sonhos sejam produzidos pelo próprio psiquismo do sonhador.

 
 
 

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